TDAH: Sintomas, diagnóstico e tratamento. O que você precisa saber?
- Jésus Fillipi
- 9 de jun.
- 3 min de leitura

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica que afeta crianças, adolescentes e adultos. Caracterizado por desatenção, impulsividade e hiperatividade, o TDAH pode impactar o desempenho acadêmico, profissional e os relacionamentos. Mas como reconhecer os sintomas e buscar o tratamento adequado?
O que é o TDAH?
O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a capacidade de concentração, controle dos impulsos e regulação da atividade motora. Ele não é apenas "falta de atenção" ou "agitação", mas sim uma condição com base neurológica que requer acompanhamento especializado.
Principais sintomas do TDAH:
Os sintomas do TDAH variam de pessoa para pessoa, mas geralmente se enquadram em três categorias principais:
➡️ Desatenção:
Dificuldade em manter o foco em tarefas ou atividades;
Erros por descuido em trabalhos escolares ou no trabalho;
Dificuldade para seguir instruções e finalizar tarefas;
Tendência a se distrair facilmente por estímulos externos;
Esquecimento frequente de compromissos ou objetos.
➡️ Hiperatividade:
Inquietação constante (mexer mãos e pés, levantar-se com frequência);
Dificuldade em permanecer sentado por longos períodos;
Falar excessivamente;
Sensação interna de estar "a mil por hora".
➡️ Impulsividade:
Dificuldade em esperar a vez;
Responder perguntas antes de serem concluídas;
Interromper conversas ou atividades dos outros;
Tomar decisões precipitadas, sem pensar nas consequências.
Esses sintomas devem estar presentes por pelo menos seis meses, em diferentes contextos (escola, casa, trabalho), e causar prejuízos significativos à vida da pessoa.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do TDAH é clínico, não existe um exame laboratorial ou de imagem que o identifique. Ele é realizado por profissionais de saúde mental, como psiquiatras, psicólogos ou neurologistas, com base na história clínica, entrevistas, questionários padronizados e observações do comportamento. É fundamental considerar outros fatores que possam influenciar os sintomas, como ansiedade, depressão, dificuldades de aprendizagem, ou mesmo situações familiares estressantes.
Tratamentos disponíveis:
O tratamento do TDAH é multifatorial e deve ser personalizado. As abordagens mais comuns incluem:
➡️Psicoterapia:
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma das mais eficazes para o TDAH. Ela auxilia na organização de tarefas, no controle de impulsos e no desenvolvimento de estratégias para lidar com os desafios do dia a dia.
➡️ Intervenções psicoeducacionais:
Envolver a família e a escola no processo de compreensão do transtorno e na criação de rotinas e estratégias adaptativas é essencial para o sucesso do tratamento.
➡️ Acompanhamento multidisciplinar:
Profissionais como psicopedagogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e coaches podem ser importantes aliados, especialmente quando há prejuízos em áreas específicas da vida da pessoa.
✅TDAH na vida adulta:
Apesar de ser mais comum o diagnóstico na infância, muitas pessoas chegam à vida adulta sem nunca terem recebido o devido cuidado. Os sintomas persistem, podendo se manifestar como desorganização, procrastinação, baixa autoestima, dificuldades nos relacionamentos e no trabalho. O tratamento adequado pode promover uma melhora significativa na qualidade de vida e no bem-estar emocional do adulto com TDAH.
Quando procurar ajuda?
Se você ou alguém próximo apresenta sintomas persistentes de desatenção, hiperatividade ou impulsividade que estão comprometendo a vida pessoal, acadêmica ou profissional, procure um especialista. O diagnóstico precoce e o tratamento correto fazem toda a diferença.
➡️ATENÇÃO!
O TDAH é uma condição real, complexa e que exige atenção e cuidado. Com o diagnóstico adequado, apoio profissional e estratégias de tratamento personalizadas, é possível viver com qualidade e explorar todo o potencial, em qualquer fase da vida. Se você tem dúvidas ou suspeita de TDAH, converse com um profissional da saúde mental. Informar-se é o primeiro passo para transformar a realidade de quem convive com o transtorno.
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